quinta-feira, 7 de julho de 2016

"Demolition" (2015)




DEMOLITION (2015) com Jake Gyllenhaal


Passou há bem pouco nos cinemas portugueses, com um ator que conhecemos muito bem e que é exímio na minha opinião em papéis dramáticos e que exploram o limite do ser humano - este e mais um excelente exemplo de Jake Gyllenhaal.


A história retrata o ponto de viragem na vida de Davis (Jake Gyllenhaal) em que a sua esposa sofre um trágico e fatal acidente de carro, quanto estavam os dois a caminho.

A vida dele era normal até ao momento deste acontecimento. Aquilo em que aparenta se manter num estado psicológico normal se transforma em desorientação e na dificuldade de cumprir a rotina.

Com uma aparente "vida garantida" na empresa onde o sogro é o "boss", numa aparente ausência de sofrimento após viver esta tormenta, Davis começa a chegar atraso ao trabalho e a atrapalhar o trabalho dos colegas onde entretanto descobre que...destruir coisas lhe dá prazer!
(e resolve destruir a própria casa com as próprias mãos e...uma pequena ajuda de Chris!)

É interessante como a "aquele que parece que não sofre" se desnorteia passado algum tempo e onde atinge o limite - o sogro, que nunca foi com a "personagem", nem mesmo após ter assumido o casamento com a filha, chega ao ponto de ter de dispensar os serviços dele na empresa.

A situação ainda piora mais quado, Davis aparentemente se sente culpado pela tragédia e onde a família da esposa o faz sentir como tal, descobrem que a sua falecida esposa estava gravida de...outro homem.

O ponto de equilibrio da vida dele é quando descobre Karen (Naomi Watts), mãe divorciada, confusa emocionalmente e frágil, com um filho - Chris - com um amante que é o patrão do emprego dela, cria uma proximidade respeitável com Davis, sem nunca ultrapassar o limite, o que o ajuda a orientar e a superar o seu sofrimento.

É também interessante a amizade e proximidade que ele cria com o filho dela, Chris, que é um rapaz aparentemente complicado e incompreendido, que pensa que é gay e que sofre as consequências por isso.


É um filme que explora muito bem o limite da capacidade de sofrer humana, sobre o desespero e a forma como voltamos a encontrar o caminho quando parece que tudo está perdido sem nunca esquecer que se são os outros o motivo da nossa desorientação, tristeza e perda de sentido, também são eles que podem nos ajudar a recuperar o sentido e a vontade de viver.

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