sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Catherine Hakim, a socióloga sexual do trabalho

 

Catherine Hakim, Socióloga, Pesquisadora na London School of Business, Londres



Muitos ainda não ouviram falaram desta socióloga e provavelmente vão chegar ao final do artigo e vão escolher nem a terem sequer conhecido mas deixem-me desde já dizer-vos uma coisa: o que ela diz/defende nas suas pesquisas verificamos no nosso trabalho, todos nós conhecemos pelo menos alguém que "subiu no local de trabalho por ter ido para a cama com alguém".


"Subir na carreira por mérito erótico, tirar o máximo de vantagem do défice sexual masculino e trair para melhorar a sua relação são algumas das teorias polémicas da socióloga britânica.


Segundo Catherine, as mulheres devem "vender o corpo para aproveitar o défice sexual masculino" e "ter um caso extraconjugal, preferencialmente com um homem casado, melhora e salva o relacionamento individual de cada um."



Défice Sexual Masculino
"Os homens têm 2 vezes mais interesse em sexo do que as mulheres e esta diferença cria aquilo a que chamo défice sexual masculino. Evidente em países como Espanha, França, Suécia, Japão e América do Sul."



Homens casados como animais enjaulados
"Os homens casados são como animais enjaulados (,,,) assim que a mulher passa dos 30 a diferença na libido começa a crescer dramaticamente. Assistimos ao desinteresse sexual feminino, também associado à maternidade, e que depois não é recuperado mais tarde. Acontece mesmo quando não tem filhos. Assim homens mais velhos sentem-se atraídos por mulheres mais novas, não só pela aparência mas pela libido. Como uma diferença de idades de 20 anos, as mulheres tem o mesmo interesse sexual que os homens."



Vender o corpo reduz o défice sexual
"O défice sexual, o gap que existe entre a libido dos géneros, significa que há uma indústria de sexo fascinante e que as mulheres mais novas devem aproveitar: seja através da pornografia, do stripe, da table dance ou da prostituição.
Para reduzir o défice sexual é preciso não só legalizar a prostituição, como também encorajar as mulheres e ganhar dinheiro com o erotismo e o sexo, enquanto são jovens.
A proibição da prostituição está condenada ao fracasso. 
A mulher deve tirar proveito da sua sensualidade e erotismo a todos os níveis."



EROSTISMO E SEXO SÃO SKILLS PARA SUBIR NA CARREIRA E CHEGAR AO SUCESSO
"As mulheres devem tirar partido das suas várias inteligências, a sexual é uma delas. Um dos livros que escrevi - "Honey Money", defendia o capital erótico e descreve essa relação entre a sedução física e magnetismo social - onde hoje vários consultores internacionais concordam com esta tese.
Este "capital erótico" é fundamental, faz parte das capacidades pessoais, ao lado do capital económico, social e cultural."



Seis regras para o Topo
"A beleza é apenas a porta para outro patamar, pode ser melhorada com cirurgias. Ter um corpo atraente, tal como se move e fala é importante para a sedução. Deve apostar também no sentido de humor e empatia. Misturar energia e dinâmica social é um elemento de atracção também.
Cuidar da apresentação e da aptidão sexual festa este lote de regras básicas para o sucesso.



Anti-feminismo é manter as mulheres na ignorância
"Sugerir que as mulheres usem o erotismo e o sexo para subir na carreira e chegar ao sucesso não é ser anti-feminista, antes pelo contrário. É tirar as mulheres da ignorância e explicar como funcionam as relações sociais e profissionais.
Combinar erotismo, sedução física, beleza e magnetismo social tem impacto em todas as relações, em todos os contextos e em todas as idades, tanto para homens como para mulheres, e é tempo de as mulheres reconhecerem este seu poder e sobretudo aprender a explorá-lo.



Mérito sexual deve constar no CV
"As pessoas que exibem capital erótico acima da média são mais persuasivas e, quase sempre, vistas como mais honestas e competentes. É mais fácil para elas fazer amigos, casar, e ter um emprego.
E ganham mais 15% em relação às outras."



TRAIÇÃO, quando ambos são casados, salva a relação
"(...) nos países com menores taxas de divórcio, os casos extraconjugais são mais praticados e aceitáveis,
Ter um caso é uma óptima forma de manter um casamento feliz, apesar de a ideia ainda chocar.
Encontros em segredo (...) especialmente se ambos forem casados, são quase sempre efémeros e não justificam o fim de uma vida construída a dois."



A traição (in)justa
"O clássico ou tradicional caso extraconjugal sempre foi entre um homem casado e uma mulher solteira, ele mais velho, poderoso e bem sucedido, ela mais nova, mais atraente, mas como menos capacidade financeira.
Considero este tipo de traição, este tipo de relacionamento injusto.
Em geral, ela espera que ele deixe a mulher oficial, o que nunca acontece.
E por isso é bom que seja compensada com viagens, prendas, carros, jantares..."



"Beleza, Erotismo e Sexo são skills para subir na carreira e chegar ao sucesso."





in revista HAPPY, Setembro 2016

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