Esta semana destaco o artigo que a revista Visão resolveu abordar, seguindo assim o tema também abordado pela galardoada revista Time não querendo de nenhuma forma tirar-lhe mérito, antes pelo contrário.
Eis algumas "considerações" importantes da reportagem suportada por inúmeros estudos e opiniões dos entendidos. A questão principal tem a ver com virilidade mas eu colocaria-a de outra forma:
"De que forma a pornografia afecta a nossa sexualidade?" (quando a consumimos desenfreadamente...)
"(...) a entrega a este tipo de conteúdos levou-o a acreditar que tinha uma problema chamado "PIED" - disfunção eréctil porno induzida, convencido que a sua resposta sexual foi sabotada porque o cérebero foi virtualmente marinado em pornografia (...) o resultado disso é tirar a excitação a qualquer pessoa."
"(...) o "mal" da pornografia é que em grande parte das vezes celebra a degradação das mulheres e normaliza as agressões sexuais (...) cerca de 90% do vídeos incluem degradação à mulher onde elas se mostram agradadas e dão a impressão de que gostam. "
" (...) o prazer sexual e os mecanismos do cérebro podem a curto prazo fazer da pornografia online um veloz formador de hábitos, com potenciais efeitos psicológicos."
" (...) estatísticas recentes mostram alguma relação entre a pornografia e a disfunção eréctil."
" (...) em média é por volta dos 12 anos que os adolescentes tem o primeiro acesso à pornografia (...) a plataforma YBOP - yourbrainonporncom - defende a relação dentre a pornografia e a disfunção eréctil."
" (...) um calendário "cheio" de pornografia resulta na manutenção de níveis elevados da hormona Dopamina, algo como o efeito semelhante ao consumo de drogas."
" quanto mais pornografia o home consome, menor o striatum,ou seja, o centro de recompensa funciona menos (...) pelo que resulta em mais impulsividade e capacidade para adiar a gratificação."
" (...) parece também dessensibilizar os utilizadores de pornografia - têm menos tendência para intervir quando veem outra mulher a ser ameaçada ou agredida e reconhecem mais tarde quando elas próprias estão em periogo."
" (...) parece também influenciar o desejo sexual do parceiro - mais consumo de porno, menos prazer sexual."
Na visão de alguns psicólogos, tem uma perspectiva mais optimisma em relação ao consumo de pornografia que poderá fazer sentido: "Não é a pornografia. É o que fazemos dela que pode ou não complicar-nos a vida."
A minha recai sobre este último comentário feito pelos Psicólogos embora reconheças efeitos nefastos como a disfunção eréctil, dessensibilização, desejo sexual possam ser influenciados por um consumo excessivo de pornografia. É como tudo. É como se fosse uma droga.
in revista Visão Nº1205, 2ª semana de Abril
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