Carl Ransom Rogers, percursor da Psicologia Humanista (1902-1987)
Foi um dos primeiros psicologos a centar o cuidado na pessoa, dando início à abordagem humanista, e foi aqui que se começou a partir do pressuposto que toda a pessoa estudada tinha por base uma patologia e que devia ser esse o núcleo de estudo.
Os feitos deste estadunidense foram ter sido eleito um dos criadores da psicologia humanista, centrada na pessoa.
Foi ainda eleito Presidente da Associação Americana de Psicologia em 1958 e por mais tarde dedicar a sua causa a manter a paz mundial, foi eleito Prémio Nobel da Paz em 1987.
"Uma vida boa é um processo, não um estado."
"Para Rogers, era absurdo considerar o bem-estar mental como um estado fixo e específico. A boa saúde mental não é algo que se consiga de repente" (...)
(...) !"o eu não era uma entidade fixa, em mudança e aberta; a experiência humana flui livremente e tem possibilidades ilimitadas."
(...) "o fim da existência não consiste em alcançar meta alguma (...) já que a existência não é tanto uma viagem que culmina num ponto de chagada, como um processo contínuo de desenvolvimento e descoberta que não cessa até morrermos."
"Para Roger, a vida não é um labirinto com um só percurso de saída, mas algo que apresenta múltiplos percursos, e está cheia de possibilidades, mas os indivíduos normalmente são incapazes de os ver ou não querem fazê-lo.
Para viver "a boa vida", devemos permanecer fexíveis e abertos a tudo aquilo que a vida traz, "experimentando plenamente a qualquer momento."
Viver a boa vida
"Roger utiliza a expressão "boa vida" para se referir ao conjunto de características, atitudes e comportamentos exibidos pelas pessoas que assumiram os fundamentos da sua abordagem e se encontram "plenamente imersas no fluxo da vida". Um traço fundamental é a capacidade de permanecer inteiramente presente no momento.
(...) é de maior importância manter-se aberto às possibilidades oferecidas por cada momento e permitir que a experiência molde o eu.
O indivíduo vive num ambiente de mudança constante, mas com demasiada frequência e facilidade nega a fluidez e ergue construções de como pensa que deveriam ser as coisas. (...)
(...) quando vivemos uma vida boa e nos mantemos abertos à experiência, adotamos uma forma de ser que evita que nos sintamos apanhados e atolados. (...)
(...) a experiência que seja o ponto de partida para construir a nossa personalidade, em vez de tentar fazer encaixar as nossas experiências numa noção preconcebida de nossoo sentido do eu."
"O que serei no momento seguinte, e aquilo que farei, surge do próprio momento e não se pode predizer."
"Se nos aferroamos às nossas ideias sobre como deveriam ser as coisas em vez de aceitar como são realmente, é provável que percebamos que as nossas necessidades não encaixam no que está disponível.
Quando o mundo "não faz o que queremos" e nos sentimos incapazes de mudar as nossas ideias, surge o confito em forma de atitude defensiva.
Para poder participar realmente no que Rogers chama "o processo contínuo da experiência organísmicas", devemos estar plenamente abertos a novas experiências e totalmente livres de atitude defensiva."
"Trabalhar num país em vias de desenvolvimento pode ser uma boa forma de eliminar proconceitos sobre o mundo, abrir-se a novas experiências e aprender mais sobre nós mesmos."
Todo um leque de emoções
"O sintonizarmo-nos com o leque completo das nossas emoções, permite-nos uma experiência mais profunda e rica em todos os aspectos da nossa vida (...)
(...) quando reprimimos algumas das nossas emoções, inevitavelmente baixamos o volume de todas elas e negamo-nos ao acesso, à totalidade da nossa natureza.
Permitimos sentirmo-nos mais confortáveis com as nossas emoções, incluindo as que considerámos negativas, o fluxo de sentimentos positivos surge com maior força, é como se, ao permitir-nos sentir dor, nos capacitemos para uma experiência mais intensa de alegria.
(...) a direcção que as pessoas costumam tomar - quando há liberdade para conseguir qualquer direcção - costuma ser aquela para a qual estão mais bem dotados e a mais adequada para elas."
Aceitação incondicional
"Esta perspectiva enraizada na compaixão e no reconhecimento do potencial de todas e de cada uma das pessoas foi denominada "consideração positiva incondicional. (..)
(...) Os pais podem ensinar sem darem conta às crianças de que são dignas de afecto apenas de cumprirem certas condições, por exemplo, dando-lhes prémios e elogios quando tiram um excelente em física, em vez de mostrarem abertamente que os amam simplesmente por serem quem são.
Rogers chama a estes requisitos "condições de valor" e considera que a tendência do ser humano para exigir que as pessoas e as coisas cumpram as suas expectativas arbitrárias nos presta a todos um favor muito fraco. (...)
(...) Para Rogers, o valor de um indíviduo é algo que provem do mero milagre de existência. Assim, a aceitação nunca deve ser entendida como algo condicional, e a consideração positiva incondicional é a chave para que todos possamos viver a "boa vida".
À medida que as pessoas se aceitam melhor a si mesmas, tornam-se mais pacientes consigo mesmas.
(...) Então podemos começar a compreender que cada um de nós é uma obra em processo (...) Todos nos encontramos num estado de desenvolvimento constante. E, periodicamente, com uma maior aceitação de si mesmo, e livre da pressão e da crise constante, o indíviduo torna-se muito mais produtivo."
(...) Os pais podem ensinar sem darem conta às crianças de que são dignas de afecto apenas de cumprirem certas condições, por exemplo, dando-lhes prémios e elogios quando tiram um excelente em física, em vez de mostrarem abertamente que os amam simplesmente por serem quem são.
Rogers chama a estes requisitos "condições de valor" e considera que a tendência do ser humano para exigir que as pessoas e as coisas cumpram as suas expectativas arbitrárias nos presta a todos um favor muito fraco. (...)
(...) Para Rogers, o valor de um indíviduo é algo que provem do mero milagre de existência. Assim, a aceitação nunca deve ser entendida como algo condicional, e a consideração positiva incondicional é a chave para que todos possamos viver a "boa vida".
À medida que as pessoas se aceitam melhor a si mesmas, tornam-se mais pacientes consigo mesmas.
"Nenhuma ideia de outro e nenhuma das minhas próprias ideias têm tanta autoridade como a minha experiência."
(...) Então podemos começar a compreender que cada um de nós é uma obra em processo (...) Todos nos encontramos num estado de desenvolvimento constante. E, periodicamente, com uma maior aceitação de si mesmo, e livre da pressão e da crise constante, o indíviduo torna-se muito mais produtivo."
Confiar em si mesmo
" Devemos aprender a confiar em nós mesmos. (...) pode confiar em si mesmo, "não porque seja infalível, mas porque pode estar completamente aberto às consequências de cada um dos seus actos e corrigi-los se os seus resultados não o satisfazem. (...)
(...) ao viver a "boa vida" sentimo-nos mais donos da nossa vida e mais responsáveis por nós mesmos. (...) o que decidimos fazer ou pensar é algo que nos pertence.
Se os nossos actos se encontram livres de influências externas, sentimo-nos mais verdadeiros, com um controlo mais firme sobre a criação do nosso destino, e mais satisfeitos com os resultados."
O foco na pessoa
"A filosofia de Rogers foi a pedra angular de uma nova tendência chamada psicologia humanista (...) baseada na premissa de uma humanidade fundamentalmente sã e capaz de se desenvolver e realizar o seu potencial, (...) passou de uma abordagem "centrada no cliente", para "centrada na pessoa". (...)
(...) o cliente não deve procurar o terapeuta em busca de apoio, deve aprender a confiar o suficiente em si mesmo para ser independente e capaz de viver "a boa vida".
(...) ao viver a "boa vida" sentimo-nos mais donos da nossa vida e mais responsáveis por nós mesmos. (...) o que decidimos fazer ou pensar é algo que nos pertence.
Se os nossos actos se encontram livres de influências externas, sentimo-nos mais verdadeiros, com um controlo mais firme sobre a criação do nosso destino, e mais satisfeitos com os resultados."
O foco na pessoa
"A filosofia de Rogers foi a pedra angular de uma nova tendência chamada psicologia humanista (...) baseada na premissa de uma humanidade fundamentalmente sã e capaz de se desenvolver e realizar o seu potencial, (...) passou de uma abordagem "centrada no cliente", para "centrada na pessoa". (...)
(...) o cliente não deve procurar o terapeuta em busca de apoio, deve aprender a confiar o suficiente em si mesmo para ser independente e capaz de viver "a boa vida".
"O processo da boa vida...significa lançar-se completamente na corrente da vida."
in "O Livro da Psicologia", Marcador
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