O que (não) se ganha em "ser deprimido" (9 de Julho 2010)
Vivi intensamente há poucos dias (mais) uma recaída da doença, daquelas que nos deixam a "viver ao lado do mundo", ou seja, a ver passar a vida, em que o tempo corre devagar e não conseguimos fazer muito a não ser ligar o comando da tv e assistir durante todo o dia.
Problema: as recaídas arrecadam como sabemos consequências, "típicas" da Depressão, afectando os nossos compromissos: sociais, familiares, pessoais, etc...desta foram os afazeres profissionais que me preocuparam.
Tinha de iniciar nova actividade, também na área da Saúde, o primeiro dia tinha corrido bem mas ao início custa sempre a adaptação, novas pessoas, novo sítio é tudo diferente...é normal!
Por "este" motivo de doença, ausentei-me nos dias seguintes, ou seja, o dia seguinte à apresentação por crise de pânico (episódio nas urgências, em que recomendaram Cipralex e o Alprazolam), depois do fim de semana "em baixo", descansei mais um dia e depois surge a dita cuja Consulta de Psiquiatria (que literalmente NADA resolveu...) e os dias seguintes "de molho" em casa sem render...
Quando me sinto novamente capaz, revigorado, com força, falo com o "Chefe" acerca da situação é-me dado a conhecer que, no meu novíssimo local de trabalho, foi arranjada "outra solução" (que se escusa a referir especificamente o quê?!) e que a "Chefa" já não contava comigo...isto tendo em conta que eu teria ido por "tempo determinado" substituir uma colega (maternidade), afinal eu também acabei por ser substituído (por doença), no fundo foi um "Estás fora!" assim, sem mais nada, ou não estivessemos a falar da área de saúde, da área humana, da área holística...holística uma m****!!!
Isto é o que se perde com uma recaída, para quem sofre de Depressão!
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